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quarta-feira, 9 de novembro de 2011

Imagens sim, palavras não

   Um dos textos que mais me chamou atenção foi "Imagens sim, palavras não". Isso se deu devido a esse texto apontar para um fato que muitas vezes passa despercebido por nós. Ele chama a atenção para o fato de que as escolas, ao escolherem livros de literatura , usam como base para tal a presença de imagens nas obras. Concordo com a premissa de que imagens são importantes para o aprendizado, principalmente na fase da alfabetização, onde o aluno faz uma relação entre palavra/imagem e seu entendimento é enriquecido com isso. No entanto, a medida que essa criança amadurece é necessário algo mais concreto, algo que enriqueça a sua leitura. Até mesmo porque nas escolas a exigencia maior é que os alunos adquiram a capacidade de decifrar signos linguísticos e não signos visuais. Quando a enfase maior é dada as imagens, os alunos deixam de avançar no processo de leitura e sofrem as consequências de se sentirem constrângidos por saberem ler apenas imagens.
   Nós, futuros educadores e mediadores desses alunos com a leitura, devemos fazer o máximo para corrigir essa situação desde as séries iniciais para que possamos tornar nossos alunos competentes para a leitura de códigos linguísticos.
   Remontando a minha fase de criança, percebo que essa constatação é realmente verdadeira, pois embora eu considerasse as imagens importantes, a medida que ia crescendo e amadurecendo, eu gostava ainda mais da leitura em si, sem muitas imagens, que me deixassem criar a minha própria imagem mental. Lembro-me que ainda criança, por incrivél que pareça, eu li o livro de Glaciliano Ramos ntitulado:"Angustia". Esse livro  era muito denso, algumas coisas eu realmente não entendi, mas eu chegava a mim identificar com situações descritas ali (não tinha imagens). A leitura daquele livro me ajudou a fazer um avanço muito grande no que diz respeito a leitura e foi, na minha opnião, a primeira grande literatura que eu tive contato. Por todos esses motivos é  que eu achei pertinente postar meu humilde comentário sobre  o texto"Imagens sim, palavras não", ele me fez voltar ao tempo.


Por:Maria de Fátima da Silva



   Referências:
AMARILHA, Marly. Estão mortas as fadas? Literatura infântil e prática pedagógica.8.ed.Petrópolis:Vozes, 2009.

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