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quarta-feira, 23 de novembro de 2011

“CHICOTINHO DO DIABO”

Esse semestre algo diferente e especial tem acontecido, pois nesses últimos meses, pude ter um encontro, ou melhor, vários encontros com textos literários e vários autores, que muito me chamaram a atenção, em que muitas vezes fiquei tão envolvida com as histórias que pude sentir a “sensação de  prazer e satisfação” tão falado e lido nos textos sobre literatura na disciplina Teoria e Prática de Literatura I, sensação essa que a literatura é capaz de proporcionar com seu poder mágico de nos transportar do nosso mundo real ao um mundo ficcional e mágico cheio de imaginação, onde muitas vezes podemos nos identificar e até nos transfigurar em seus personagens e, bem interessante que esse jogo ficcional não está apenas ao alcance das crianças, mas também a nós adultos.
Assim, certo dia caminhando pela biblioteca, na seção de livros de literatura infanto juvenil me deparei com um livrinho fininho com um título engraçado e curioso “chicotinho do diabo”, quando eu ia saindo da biblioteca a bibliotecária que registrou meu livro, viu o título, leu e sorriu... Mas, enfim vou contar o breve resumo dessa história engraçada cheia de lembranças e cultura deste livro que foi meu escolhido para meu comentário. Bem, a história conta sobre um pequeno menino que certo dia seus pais precisaram sair de casa por algumas horas, então o vestiram com uma roupinha vermelha e disseram, você vai ficar no apartamento o Senhor Villa-Lobos, e o pobre menino ficou apavorado achando que seus pais iam deixá-lo na casa de um lobisomem, mas ao chegar na casa do senhor, o garoto viu varias crianças, e todas estavam sorridentes e brincando das mais diversas maneiras e o senhor recebeu o garoto e logo o familiarizou e deu-lhe de presente um chicotinho de pano e ficou a observa o garoto que muito saltitava, vestido com aquela roupa vermelha, assim o homem começou a escrever e a tocar uma música saltitante que acompanhava o ritmo do garoto. Então aquela má impressão do homem já estava no passado. Então foram passando os anos, durante todo seu percurso escolar e também em casa com sua mãe, ele descobriu várias coisas e episódios da vida de Villa-Lobos, sobre sua trajetória como um dos maiores compositores da América do sul e sobre sua personalidade que sempre se mostrou um homem humilde e que amava as crianças. Assim certo dia o personagem já homem feito e casado foi para um concerto com sua esposa e quando de repente o pianista começa a tocar uma música saltitante então de o “garoto” fica de pé e grita incansavelmente “essa música é minha”... Aí, o mais, imaginem!... Não vou contar o restante da história, leiam o livro chicotinho do diabo, uma leitura muito gostosa.
Achei muito relevante a leitura do livro chicotinho do diabo, para a formação do leitor, a começar pelo seu título que se mostra muito sugestivo, pelo menos para mim foi, pois quando o vi, pensei “mil e uma coisas”, dessa forma, creio que as crianças podem também fazer suas inferências a respeito do que elas pensam sobre esse sugestivo título, e ainda sua história apresenta uma intertextualidade, quando mostra a criança de roupinha vermelha em relação às crendices populares, em que muitos acreditam na figura de um ser, “diabo”, que se mostra sempre de vermelho com algo em mãos, nessa leitura também pode ser levantado a questões a respeito do pré julgamento que muito se tem visto na nossa sociedade, e mais o texto traz um pouco de conhecimento cultural em um contexto histórico quando relata fatos da vida de um grande personagem Villa-Lobos que passa a fazer parte da vida daquele garotinho.
Por: Jailma Carla
MARTINS, Cláudio. O chicotinho do diabo; Villa-Lobos. Belo Horizonte - Editora Dimensão, 2005.

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