Por vezes falar de nossos sentimentos, do que pensamos sobre o outro e da sua importância em nossa vida não é tão fácil quanto parece. Infelizmente estamos vivendo numa sociedade que eu diria “processada”, em que falar de amor, demonstrar afetos, é ser careta. Mas será que é mesmo? Será que a ausência dessas expressões de carinho, cuidado, não são as causas de muitos de nossos problemas? Não sei. Quisera eu poder responder com propriedade esses questionamentos.
Ao ler essa obra “Adivinha quanto te amo” de Sam McBratney que narra a historinha de dois personagens, pai e filho, que não se cansam em demostrar um para o outro um amor que não tem limites. Pude refletir em, como ainda dá tempo consertar algumas coisinhas na nossa casa, no local de trabalho, nas nossas amizades. Valorizar a importância do outro e fazê-lo conhecer esse valor, sem por limites as circunstâncias. Algo que me chamou a atenção foi exatamente isso: Amar não deve existir limites, pois quando mais amo, mas desejo que o outro sinta esse amor, esse cuidado. E o mais interessante é que o filho (coelhinho) não parou nos seus limites, por ser bem menor que seu pai, por não alcançar grandes espaços, ao contrário disso, ele foi em busca do além, ao ponto de querer cada vez mais que seu pai soubesse que o amor que sentia era bem mais do que ele próprio podia imaginar.
Acredito que essa obra nos favorece diversas reflexões, sejam em nossos comportamentos, em nossas atitudes, nossas convivências. Assim como sei que a partir da leitura que fiz consegui enxergar algumas coisinhas em mim que estão precisando desse “além” do olhar além... do não parar quando eu só conseguir enxergar minha pequenez.
MACBRATNEY, Sam. Adivinha quanto eu te amo/ ilustrações de Anita Jeram; tradição Fernando Nuno – 3ª ed. – São Paulo: Editora WMF Martins Fontes, 2011.
Postado: Kássia Juliana Bezerra da Silva
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