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quarta-feira, 23 de novembro de 2011

Chapeuzinho Amarelo

             A leitura de Chapeuzinho Amarelo em sala de aula foi muito prazerosa, pois como o texto faz diálogo com o clássico Chapeuzinho Vermelho me chamou bastante a atenção por se tratar de intertextualidade. Fez-me querer descobrir o ponto de semelhança e o que o faz se distinguir do texto original quase homônimo, pude então concluir que se trata de uma paródia, pois desarranja o sentido do texto original, inaugura um novo paradigma, isto é, inverte o sentido transportando uma nova mensagem literária atualizando a temática.
            Chapeuzinho Amarelo sente medo de tudo, ela sente medo até do medo e em especial do lobo e isso a deixa triste, angustiada, tira o seu sono impedindo-a de viver e afetando seu convívio social. Assim como na história original há uma simbologia relacionada à cor vermelha que é associada à pureza, o amarelo está associado ao medo que ela tinha de tudo. Porém na paródia de Chico Buarque, a Chapeuzinho Amarelo passa de medrosa à forte e dominadora e o lobo fraco e dominado em contraste à história original em que o lobo ocupa a posição de dominador e Chapeuzinho ocupa a posição de dominada, com suas características de ingenuidade e impotência.
            Na paródia Chapeuzinho Amarelo ao enfrentar o medo do lobo ela o supera tornando sua vida mais prazerosa podendo usufruir de sua infância, pois o medo a impedia de ter uma vida normal e plena. Assim a leitura de Chapeuzinho Amarelo para as crianças pode fazer com que elas se identifiquem com o sentimento de medo vivenciado pelo chapeuzinho incentivando as crianças a enfrentá-lo e torna-se livre e libertar-se das amarras do medo do escuro e dos medos criados nas imaginações infantis tão comuns nessa fase da vida. Além disso, o texto é uma leitura poética, a partir de seus efeitos lúdicos com suas rimas e sonoridades tornando a leitura divertida e prazerosa.
Por: Jamille Janne da F. Costa.
Referência:
BUARQUE, Chico. Chapeuzinho Amarelo. 36p. Ilustrações de Ziraldo. José Olympio Editora, RJ, 2011.

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